Em todos os acidentes no Brasil onde houve um elevado número de vítimas de queimaduras graves, a Cirurgia Plástica Brasileira atuou com humanismo, vanguarda e excelência tecnológica
Após a explosão de um caminhão que transportava gás no dia 23 de janeiro deste ano e que deixou 14 mortos e mais de 50 feridos, sendo 35 com queimaduras graves, no distrito de Villa El Salvador, no sul de Lima, os quatro bancos de tecido do Brasil começaram o envio de todo seu estoque de peles para o tratamento das vítimas, que incluiam adultos e crianças. O total estimado foi de de 20.000cm² de tecidos.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dr. Denis Calazans, “a excelência da nossa Cirurgia Plástica é orgulho para Medicina nacional, não só por seu reconhecimento científico mundial (graças a competência dos membros da SBCP), mas também por suas ações humanitárias (SBCP/Fundação IDEAH). Ações rápidas como esta do Banco de Pele da Santa Casa de Porto Alegre – Serviço de Cirurgia Plástica Credenciado SBCP), mostram a essência da Cirurgia Plástica brasileira”.
Grande parte do material enviado saiu do Banco de Peles da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), dirigido pelo cirurgião plástico Dr. Eduardo Chem, que colocou à disposição todo o estoque de peles para ajudar no tratamento das vítimas peruanas. Este é o maior do País. Os outros três Estados que possuem um Banco de Tecidos, São Paulo (Hospital das Clínicas), Rio de Janeiro (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad) e Curitiba (Hospital Universitário Evangélico Mackenzie), também enviaram doações.
FORÇA TAREFA EM PROL DA VIDA
A mobilização dos médicos brasileiros reforça o enorme papel científico e social da cirurgia plástica, bem como a importância de se contar com profissionais especialistas em suas áreas. E assim tem sido desde os primórdios da especialidade, em que fatos históricos marcaram a cirurgia plástica no Brasil e possibilitaram não só a sua expansão e qualidade, como também transformar o Brasil em um dos centros mundiais da cirurgia plástica.
Em 1961, uma equipe de incontáveis cirurgiões plásticos de várias partes do Brasil e do Mundo, incluindo o então professor de Cirurgia Plástica da Santa Casa do Rio de Janeiro, Ivo Pitanguy, atenderam as vítimas da tragédia conhecida como “o espetáculo mais triste da Terra”. O incêndio do Gran Circo Norte-Americano, na cidade de Niterói (RJ) deixou 503 mortos e milhares de feridos, sendo 70% crianças. A ação dos cirurgiões foi um fato memorável, com uma condução excepcional que colocou a cirurgia plástica nos olhos dos grandes centros da especialidade da época.
Em 27 de janeiro deste ano, completaram-se sete anos de outra tragédia que comoveu o Brasil e mobilizou novamente a cirurgia plástica: o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos e 680 feridos. Um grande mutirão foi realizado para conseguir atender todas as vítimas. Assim foi também na tragédia de Janaúba, em Minas Gerais, em 2017: um incêndio criminoso em uma creche deixou 14 mortos e mais de 40 feridos e o Banco de Peles da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), dirigido pelo cirurgião plástico Dr. Eduardo Chem, também naquela oportunidade, ofereceu seu estoque para auxiliar na recuperação dos feridos.
A excelência tecnológica e os tratamentos de vanguarda em casos de queimaduras graves unem-se ao espírito cooperativo e humanitário do país, colocando a cirurgia plástica do Brasil em destaque no mundo e, acima de tudo, ajudando a salvar e melhorar vidas.
Fonte: SBCP e Assessoria Dr. Eduardo Chem